segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Amor e Outras Drogas



Cartaz do filme

Imagem; http://omelete.uol.com.br/images/galerias/Love-and-Other-Drugs/Poster.jpg


Uma crítica a indústria farmacêutica e ao sistema de saúde norte-americano. Um conto sobre um rapaz desaprovado pelos pais. Uma comédia romântica. Um retrato dos anos 90. Uma bela história de amor. O filme Amor e Outras Drogas tenta ser um pouco de tudo isso aí, mas não obtém êxito em todos esses aspectos. Enquanto algumas de suas facetas não funcionam muito bem, outras, por outro lado, chegam até mesmo a nos surpreender.

O filme, que se passa durante os anos 90, nos apresenta a Jamie Randall (Jake Gyllenhaal), um vendedor de uma loja de produtos eletrônicos de quinta categoria, extremamente carismático e conquistador que perde o emprego. Em um jantar em família, descobrimos que ele pertence a uma família abastada cujos integrante são todos bem sucedidos (com exceção dele que não para em um único emprego). Por meio de um contato do irmão mais novo, ele entra para uma turma de vendedores trainees da Pfizer.

Vislumbramos o terrível mundo competitivo das indústrias farmacêuticas que tentam a todo custo fazer com que os médicos receitem os seus produtos. Nesse contexto, o filme avança mostrando as conquistas amorosas de Jamie e seu aprendizado como vendedor de produtos da Pfizer. Durante as investidas do personagem para que um médico influente receite o Zoloft ao invés do Prozac da concorrência, ele conhece Maggie Murdock (Anne Hathaway), uma paciente precoce de Parkinson. Assim como Jamie, Maggie também é adepta do sexo casual. Ela foge das amarras de um relacionamento amoroso e todos os poréns que um namoro traz consigo.

E é nesse ponto que o filme ganha seu maior triunfo. Quando a química mágica entre Gyllenhaal e Hathaway preenche a tela, os problemas da indústria farmacêutica ficam em segundo plano (provavelmente uma tentativa do diretor de suavizar a questão). Mas quem se importa com Prozacs e Zolofts quando o que prende o espectador é descobrir se Jamie e Maggie ficarão juntos ao final do filme?

Quando a Pfizer lança o Viagra e este torna-se um tremendo sucesso, o filme ganha oportunidade para inúmeras gagues e balanceia o humor das situações que envolvem o consumo da mágica pílula azul e os obstáculos que se apresentam no caminho do relacionamento de Jamie e Maggie.

A história de amor do casal está repleta de clichês e até mesmo algumas cenas piegas (talvez por já terem sido utilizadas a exaustão pelo cinema), mas as atuações de Gyllenhaal e Hathaway são tão sinceras que isso não faz a menor diferença. Particularmente, curto o trabalho do Gyllenhaal desde Donnie Darko.

Quando o sexo casual perde aquele frescor do início, Maggie abaixa a guarda e admite suas fragilidades, nem Jamie pode resistir. Você pode ser o maior conquistador do planeta, mas quando conhece a pessoa certa, não há escapatória: você é vítima de uma certa droga para a qual indústria farmacêutica nenhuma no mundo tem cura. ;-)



Trailer oficial