segunda-feira, 13 de junho de 2011

Se Beber, Não Case! 2



Cartaz do filme
Imagem: http://www.omelete.com.br/imagens/cinema/artigos2/se_beber_nao_case_2/poster.jpg


Ano passado Se Beber, Não Case! veio parar em minhas mãos. A comédia conta a história dos amigos Phil (Bradley Cooper), Stu (Ed Helms), Alan (Zach Galifianakis) e Doug (Justin Bartha) que planejam uma despedida de solteiro em Las Vegas. Porém, tudo sai do controle quando eles acordam no dia seguinte sem se lembrar de nada do que fizeram na madrugada anterior, com um trigre na suíte em que se encontram, um bebê que não sabem de quem é e o pior: o noivo sumiu há poucas horas do casamento!

A partir daí, inicia-se uma corrida contra o tempo para o "bando de lobos" refazer seus passos, reencontrar o noivo e garantir que o casamento de Doug aconteça. Realmente, hilário e imprevisível. E esse segundo adjetivo é justamente o ponto mais forte do primeiro filme e o grande defeito do segundo.

Se Beber, Não Case! 2 já perde pontos por não contar com o frescor do original. Ele simplesmente repete as fórmulas do primeiro filme. Então, se já não bastasse a piada contada pela segunda vez (4 amigos se reúnem para uma despedida de solteiro e novamente ficam chapados a ponto de não se lembrarem de nada do que fizeram às vesperas do casamento), o filme apresenta situações que são praticamente uma refilmagem do primeiro.

As piadas estão todas lá. Se no primeiro, um deles acordou sem um dente, desta vez desperta com uma tatuagem no rosto. Da primeira vez, acordam com um bebê que não sabem de quem é, agora eles tem um macaco de mascote. Em Las Vegas, o noivo sumiu. E agora em Bancoc, é irmão da noiva quem está desaparecido.

Se corremos o risco de perder a graça contando duas vezes a mesma piada, só resta uma alternativa: exagerar os eventos. Todos que me recomendaram o primeiro filme o definem como "muito louco". Para superar o filme anterior "muito louco", o que fazer então? Extrapolar.

Outro ponto negativo é justamente essa necessidade de ser "over". Falta de memórias causadas por bebedeiras é algo trivial. Qualquer grupo de amigos faz. Mas para justificar um filme é necessário ir muito além. Então, ter um amigo traficante que "dá um tapa" no café da manhã faz parte. Não basta pegar uma mulher feia para virar chacota dos amigos, tem que ter um transexual na história para garantir as gargalhadas. Some-se a isso tiros, russos malvados, atuações exageradas e reviravoltas desnecessárias para ter certeza de que essa segunda parte foi a consequência natural de um primeiro filme que rendeu muita grana.

Não estou dizendo que o filme não é divertido. Você vai rir muito e seu queixo vai cair diversas vezes com as situações absurdas em que o trio de protagonistas se mete, mas a sensação de que "eu já escutei essa piada antes" será algo constante. Diferente do desfecho do primeiro filme, quando a gente dá aquele sorriso de satisfação tentando se recordar sem sucesso de um filme semelhante, desta vez você não irá dizer pra si mesmo: "esse filme é muito louco".

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