quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Lanterna Verde



Hal Jordan, o primeiro Lanterna Verde humano

Imagem: http://omelete.uol.com.br/images/galerias/lanterna-verde/poster-hal-jordan-brasil.jpg


Após diversas idas e vindas, finalmente, o personagem dos quadrinhos Lanterna Verde chegou aos cinemas. Ele é um personagem do primeiro escalão da DC Comics (editora do Superman, Batman e cia) e talvez um dos que mais possua apelo cinematográfico. Afinal, LV é pura ficção cientfícia.

Os Lanternas Verdes são guardiões que protegem toda a galáxia. Ao todo são 3600 lanternas patrulando os mais longínquos setores da galáxia. Seus poderes? Nada mais, nada menos que a arma mais poderosa do universo: um anel capaz de canalizar a energia verde da força de vontade. A extensão dos poderes do usuário do anel dependem simplesmente do tamanho de sua imaginação.

Por mais estranho que possa parecer, todo esse contexto das histórias em quadrinhos que deveria ser o mais difícil de transpor para as telonas, foi feita com muito esmero. Oa, o lar dos Guardiões do Universo (criadores da Tropa) e centro do universo, é belo e fantástico nos mais diversos aspectos.

Os construtos do anel funcionam muito bem na tela. Inclusive, as batalhas de construtos (em especial na cena de treinamento de Hal Jordan) são as melhores passagens do filme. E aí esta justamente o problema!



Os construtos do anel são a grande diversão do filme

Imagem: http://omelete.uol.com.br/images/galerias/lanterna-verde/20Abr2011_03.jpg

Oras, se as melhores partes do filme são aquelas com efeitos especiais...cadê o roteiro? E as atuações? Está tudo lá, mas sem o mesmo brilho do construtos esmeraldas.

A história resume-se ao enredo de origem tradicional: herói, vilão e mocinha. E as boas atuações ficam a cargo de personagens secundários tais como Sinestro (Mark Strong) e Hector Hammond (Peter Sarsgaard).

Assim, temos um Lanterna Verde que morre na terra e encarrega seu anel de encontrar um sucessor. O anel escolhe um humano arrogante e irresponsável chamado Hal Jordan (Ryan Reyolds), um piloto de testes. Nem mesmo Hal acredita que possa ser um bom Lanterna Verde, mas lhe é dito que o anel nunca erra e é capaz de enxergar algo que ninguém mais tenha visto. Daí em diante segue-se a jornada do herói em busca de superação para vencer seus medos internos e externos.

Confesso que tinha um grande preconceito contra Ryan Reynolds para intérprete do protagonista Hal Jordan. Mas tal preconceito é o mesmo que a Tropa dos Lanternas nutre por um humano torna-se um novo portador do anel. Se Ryan não tem aquele diferencial como ator, também não atrapalha.

Outro ponto que possa ter tirado do filme todo seu potencial é o seu grande mal a ser vencido: o vilão Parallax, a energia amarela do medo. Esse vilão é inteiramente feito por computação gráfica e não cria empatia com o público. Resume-se a uma cabeça gigante com tentáculos. Ou seja, além de não nos meter medo, o vilão por pouco não faz a platéia rir.

Efeitos especiais primorosos já não são mais sinônimos de bons filmes como antigamente. Lanterna Verde não é um filme ruim. É apenas bom. Se tivesse sido lançado há uns 5 anos ou mais, teria sido excelente. Mas após o mercado cinematográfico ter tornado os filmes de super-heróis praticamente em um novo gênero, o nível de exigência sobe. E muito. Especialmente, após filmes como X-Men 2 e Batman - O Cavaleiro das Trevas.

A platéia não quer mais e tão somente pancadaria entre heróis e vilões. Ela quer também roteiros instigantes com personagens cativantes e surpreendentes. E estes são elementos que ficaram de fora deste primeiro longa metragem do gladiador esmeralda.

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