Você acha a sua vida sem graça? Conheça a vida de Harvey Pekar e você repensará seus conceitos. Pekar tinha um emprego como arquivista em um hospital em Cleveland. O serviço era chato e ele fazia as mesmas coisas todos os dias. Seus casamentos (isso mesmo, casamentos!) não davam certo e seus amigos eram os mais inusitados da região. Não à toa, ele vivia emburrado e deprimido.
Um dia, ao derrubar alguns arquivos, Pekar leu um obituário sobre um homem que foi balconista durante toda sua vida. Decidido a não ter o mesmo destino que o daquele homem, Pekar, um destes observadores que têm opinião sobre tudo e todos, resolve escrever histórias em quadrinhos sobre sua própria vida. O problema é que ele não sabe desenhar.
A solução foi apresentar seu material para o então quadrinhista alternativo em ascensão, Robert Crumb. Crumb adorou o material que leu e o ilustrou. Assim nasceu American Splendor (a história em quadrinhos que retrata a vida de Pekar). Sem fantasia, sem super-poderes ou roupas coloridas, o gibi é real como o filme. Justamente por ser diferente, ganha fiéis leitores.
Embora, Anti-herói Americano seja considerado drama, ele possui mais jeito de documentário. Não é um filme narrativo convencional, pois não possui clímax, por exemplo. A película une situações da vida de Pekar dramatizadas a depoimentos do Pekar da vida real (sim, ele continua vivo e igualmente avarento).
Devido a esse esquema de narração, é impossível não comparar ficção e realidade e não há como não notar o talento de Paul Giamatti que encarna Pekar nas passagens que deram vida a memoráveis páginas de American Splendor.
Discreto, elegante e inteligente, Anti-herói Americano não é e nem nasceu para ser um blockbuster. É daqueles alternativos que merecem ser descobertos. Ao final do filme, bate aquela vontade de ler American Splendor já que a HQ permanece inédita no Brasil, apesar de ser publicada nos Estados Unidos desde 1976.
Um dia, ao derrubar alguns arquivos, Pekar leu um obituário sobre um homem que foi balconista durante toda sua vida. Decidido a não ter o mesmo destino que o daquele homem, Pekar, um destes observadores que têm opinião sobre tudo e todos, resolve escrever histórias em quadrinhos sobre sua própria vida. O problema é que ele não sabe desenhar.
A solução foi apresentar seu material para o então quadrinhista alternativo em ascensão, Robert Crumb. Crumb adorou o material que leu e o ilustrou. Assim nasceu American Splendor (a história em quadrinhos que retrata a vida de Pekar). Sem fantasia, sem super-poderes ou roupas coloridas, o gibi é real como o filme. Justamente por ser diferente, ganha fiéis leitores.
Embora, Anti-herói Americano seja considerado drama, ele possui mais jeito de documentário. Não é um filme narrativo convencional, pois não possui clímax, por exemplo. A película une situações da vida de Pekar dramatizadas a depoimentos do Pekar da vida real (sim, ele continua vivo e igualmente avarento).
Devido a esse esquema de narração, é impossível não comparar ficção e realidade e não há como não notar o talento de Paul Giamatti que encarna Pekar nas passagens que deram vida a memoráveis páginas de American Splendor.
Discreto, elegante e inteligente, Anti-herói Americano não é e nem nasceu para ser um blockbuster. É daqueles alternativos que merecem ser descobertos. Ao final do filme, bate aquela vontade de ler American Splendor já que a HQ permanece inédita no Brasil, apesar de ser publicada nos Estados Unidos desde 1976.
Texto originalmente publicado no site Raciocínio Rápido.
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