segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Hero Quest

Imagem: http://smokinggnu.net/images/heroquest.jpg

Quando penso "de onde surgiu a saga de Kiara Ancessus que é narrada em A Aprendiza de Elementar"? Muitas coisas vem a minha mente. Livros, filmes e revistas. Mas minhas idéais sobre um mundo de aventuras fantásticas, sem dúvida, começaram com um jogo de tabuleiro!

Isso mesmo. No início da década de 1990, A Hasbro Internacional criou um jogo de tabuleiro que viria a ser distribuído no Brasil pela Estrela chamado Hero Quest. Esse jogo era uma espécie de pré-RPG (role playing game ou jogo de interpretação de personagens). Era divertido. Podiam jogar até 5 pessoas. Quatro jogadores encarnavam os heróis que deveriam vencer os desafios que apareceriam pelo caminho. O último jogador era uma espécia de vilão que criava as armadilhas que tentavam deter o avanço dos heróis no jogo.

Os quatros personagens jogáveis eram: o mago, que possuia habilidades mágicas; o bárbaro, que era o melhor em combate; o elfo, que era mais forte que o mago, mas mais fraco que o bárbaro; e um anão especialista em desarmar armadilhas.

O sucesso dos heróis no jogo dependia da interação dos quatro personagens. Ou seja, trabalho em equipe. Saber utilizar a habilidade de cada personagem no momento certo do jogo. Assim, era apenas brincar para vencer cada uma das 14 missões disponíveis quando a gente comprava o jogo.

Porém, as missões eram relativamente fáceis. Os heróis eram fortes e quase nunca morriam. Logo, o jogo perdia a graça rapidamente. Porém, havia o manual de instruções do jogo que dava dicas de como criar suas próprias missões. E eu adorava fazer isso na pele do vilão que criava os desafios para os heróis.

Assim, eu criava situações mais complexas para tornar o jogo mais difícil e muuuito mais divertido. Eu separava os heróis em cantos diferentes do tabuleiro (o tabuleiro representava uma masmorra com vários aposentos), os lançava em emboscadas rodeados de inimigos poderosos e criava vários objetivos em uma mesma missão. Por exemplo, o jogo começava com um dos quatro personagens desaparecidos. Os outros tinham que encontrá-lo antes de enfrentar o monstro mais podersoso do jogo.

Lembro-me de uma missão que criei (os meus amigos me detestaram por isso) em que todos os heróis começavam o jogo desarmados e completamente indefesos! Portanto, eles somente podiam fugir dos inimigos (rs) até que reavessem suas armas que estavam escondidas em um dos aposentos retratados no tabuleiro.

Também gostava de lançar vários inimigos covardemente para cima de um dos heróis com o intuito de matar alguém mais rápido. Assim, o bárbaro (que era o mais forte) era a principal vítima. Também dava para enviar inimigos imunes a mágicas contra o mago (coitado).

Enfim, apesar de simples, era divertido. Mas os personagens não tinham nomes. Era o bárbaro, o elfo, o anão e o mago. Ponto. Eu sempre ficava pensando... qual poderia ser o nome do guerreiro? Qual seria a história dele? E se o mago escondesse um segredo sinistro? E se o elfo e o mago não se dessem bem? Foi esse tipo de pensamento que me levou a criar um mundo de personagens que renderiam divertidas histórias.

É óbvio que Hero Quest não foi a única inspiração para A Aprendiza de Elementar, mas, com certeza, foi a primeira!

Um comentário:

Ricardo disse...

Eu lembro desse jogo! Era tudo de bom!