segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Mitologia Grega

Outra inspiração para meus escritos, sem dúvida, é a riquíssima Mitologia Grega. A seguir, um texto meu escrito há alguns anos sobre o assunto:



O Livro de Ouro da Mitologia (Ediouro) é um bom ponto de partida sobre o assunto

Imagem: http://www.livrariasaraiva.com.br/imagem/imagem.dll?pro_id=430249&tam=2

Encaro a Mitologia Grega como um grandioso filme. Colossal em vários sentidos. Seja pela extensão das obras, pelo número de personagens, pelas temáticas, pela riqueza e profundidade com que nos toca. Os envolvidos com as sagas são tantos que habitam um mundo próprio. Personagens secundários saem de uma trama para tornarem-se protagonistas numa história seguinte. Enfim, por seu valor, trata-se um tesouro.

E cada saga narrada seria apenas um pedaço desse grandioso filme. A Guerra de Tróia, portanto, dentro deste contexto, é mais uma cena dessa película. Mas ela possui um diferencial, é como uma cena muito bem produzida, ao narra a maior de suas guerras. A maior de todos os tempos, diriam uns. Importante sim. Mas essa importância esbarra numa ironia: ninguém sabe dizer o que realmente aconteceu. Há divergências entre os historiadores quando se afirma SE aconteceu uma guerra, qual seu verdadeiro motivo e até mesmo SE realmente existiu uma cidade ou reino chamado Tróia.

Porém, as dúvidas apenas alimentam o mito e nossa ânsia de ler mais a respeito. A matéria de capa da revista Superinteressante de maio [Nota: esse texto foi publicado em 2004. Época do lançamento do filme Tróia. A revista citada foi lançada em maio daquele ano.] traz uma matéria que aborda a possível localização de Tróia, a pista de que aconteceu algo grande na região durante o final do século XIII (quando a batalha pode ter ocorrido) e a discussão sobre a existência ou não do escritor Homero. Vale a leitura.

A Guerra de Tróia como Homero (ou a tradição oral que representa) e a mitologia nos contam começou por causa de um pomo de ouro. Todos os deuses foram convidados para o casamento de Peleu e Tétis, menos Éris, a deusa da discórdia (a minha deusa preferida). Irritada com a exclusão, a mulher enviou um pomo de ouro a festa com a inscrição "À mais bela". Então, as deusas Atena, da sabedoria (ela não foi muito sábia desta vez), Hera, mulher de Zeus, e Afrodite, da beleza, iniciaram uma disputa pela maçã. Zeus não querendo tomar partido de nenhuma das três, incumbiu o jovem pastor Páris para a tarefa.



A Ilíada e a Odisséia, de Homero, na edição da editora Martin Claret

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Imagem 2: http://www.livrariasaraiva.com.br/imagem/imagem.dll?pro_id=119473&tam=2

Cada deusa ofereceu algo ao jovem em troca do pomo. Hera lhe prometeu riqueza e poder, Atena lhe garantiu sabedoria e fama na guerra e Afrodite, a mais bela das mulheres para esposa. Páris entregou o pomo a Afrodite e ganhou duas inimigas divinas que ficariam contra ele na guerra que viria a acontecer. O jovem foi a Grécia e conheceu Menelau, rei de Esparta, e apaixonou-se por sua mulher, Helena, a mulher mais bela do mundo, que raptou para casar. Acontece que o pastor viria a descobrir que era filho de Príamo, rei de Tróia, o que complicaria ainda mais as coisas.

Enfurecido, Meneleu queria ir a Tróia regatar a esposa para matá-la e clamou por seu irmão Agamênon, rei de Miscenas, que aceitou, mas muito mais interessado em expandir suas fronteiras do que com uma briga entre marido e mulher. Assim, gregos e troianos elegem campeões para batalhar em frente às enormes muralhas de Tróia. Não podemos nos esquecer dos deuses sempre intervém na guerra de alguma maneira favorecendo um ou outro lado. O combate se desenvolve até que finalmente os gregos conseguem transpor as muralhas de Tróia valendo-se do famoso cavalo de madeira que trazia guerreiros em seu interior e originou a expressão "presente de grego".

A batalha de Tróia é narrada na Ilíada e as aventuras do soldado grego Ulisses voltando para casa são mostrados na Odisséia, ambas obras de Homero. A saga fala da honra, coragem, vida, amor e outros temas que constroem um mito que ecoa na eternidade.

Texto originalmente publicado no site Raciocínio Rápido.

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