quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

O Guia do Mochileiro das Galáxias



Não entre em pânico!

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"Não entre em pânico". Esses são os dizeres em letras grandes na contracapa do Guia do Mochileiro das Galáxias, um best-seller interestelar para os viajantes do cosmos. Um livro muito bom, diga-se de passagem, para alguém que de uma hora para outra perde o seu lar e torna-se andarilho do cosmos em busca de um sentido para vida.

Arthur Dent (Martin Freeman), um britânico sem grandes metas na vida, está tendo um péssimo dia, pois descobriu que sua casa será demolida para a construção de uma rodovia. Mas o pior ainda estava por vir: Dent ficou sabendo que seu grande amigo Ford Perfect (Mos Def) é na realidade um alienígena e que o planeta Terra será destruído para construção de uma estrada interestelar. Sem opções, pega carona em uma nave espacial que estava de passagem para escapar da tragédia e passa a vagar pelo cosmos. Para sobreviver a um universo perigoso e cheio de criaturas estranhas e perigosas, ele precisa do Guia do Mochileiro das Galáxias.

O filme de Garth Jennings baseado na obra literária homônima de Douglas Adams é cômico e inteligente na medida certa. Mais do que uma jornada sem destino pelo universo, a narrativa mostra uma busca pelo sentido da vida. Dent é a encarnação da desesperança e sarcástico ao extremo, o que nos brinda com reflexões fantásticas sobre nosso dia-a-dia. Ainda mais com as situações em que se envolvem: burocracia, políticos corruptos, enfim, os mesmos problemas que encontramos por aqui, só que em outra escala.

Particularmente, não considero o filme comercial. Creio que a maioria do público achará que trata-se de um novo Star Wars e se decepcionará com a ausência de grandes cenas de ação ou os desabafos do robozão Marvin (voz de Alan Rickman, sem dúvida, o melhor personagem do filme). O que é frustrante, pois a película diverte e instiga a refletir com elegância.

Porém, mesmo para quem está atrás de um filme mais “cabeça”, talvez se decepcione com a falta de profundidade de algumas questões debatidas (isso é compreensível devido ao número vasto de temas levantados).

Se você não sair satisfeito do cinema, também não sairá com raiva achando que acabou de assistir a uma bomba. O filme pode não ser extraordinário, mas possui seu merecido valor.

Texto originalmente publicado no site Raciocínio Rápido

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