Você pode odiar Sin City, mas jamais negar que visualmente o filme é extremamente arrojado
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A humanidade não é a raça mais decente que poderia caminhar sobre a Terra. O ser humano pode ser bom, humilde e altruísta, mas da mesma forma pode ser ruim, egoísta e extremamente ambicioso a ponto de matar um semelhante para atingir seu intento. Há quem diga que somos um câncer para o planeta. Outros que afirmem que naturalmente somos malignos. A crueldade do coração humano está exposta para quem quiser ver, mas retratar na ficção esse lado sombrio de todos nós não é tão simples quanto possa parecer.
Sin City, a história em quadrinhos assinada pelo renomado Frank Miller, é um sucesso entre seus leitores por sair-se tão bem nesse sentido. As histórias narradas em Basin City (Sin é apenas um apelido, mas muito bem dado) são cruas, sujas, frias e têm como protagonistas os piores tipos de nossa sociedade: de policiais absurdamente corruptos a prostitutas assassinas passando por canibais, pedófilos e por aí vai.
Já Sin City – A Cidade do Pecado, filme do diretor Robert Rodriguez e co-dirigido por Frank Miller (com a participação especial na direção de Quentin Tarantino), é cópia em carbono da sua versão em papel. Os personagens são os mesmos e as tramas também. O que por um lado estraga as surpresas de quem já leu as revistas, por outro garante uma fidelidade nunca antes vista em uma adaptação dos quadrinhos para as telonas.
A reprodução visual do que está no papel para o celulóide também é fantástica. O filme é em preto e branco com algumas cores que pontuam elementos importantes para a narrativa. Em meio a monocromia, existem olhos azuis, carros vermelhos ou assassinos amarelos. Tudo a serviço de uma fotografia noir muito particular que retrata de forma única o que há de pior no ser humano.
Sin City, a história em quadrinhos assinada pelo renomado Frank Miller, é um sucesso entre seus leitores por sair-se tão bem nesse sentido. As histórias narradas em Basin City (Sin é apenas um apelido, mas muito bem dado) são cruas, sujas, frias e têm como protagonistas os piores tipos de nossa sociedade: de policiais absurdamente corruptos a prostitutas assassinas passando por canibais, pedófilos e por aí vai.
Já Sin City – A Cidade do Pecado, filme do diretor Robert Rodriguez e co-dirigido por Frank Miller (com a participação especial na direção de Quentin Tarantino), é cópia em carbono da sua versão em papel. Os personagens são os mesmos e as tramas também. O que por um lado estraga as surpresas de quem já leu as revistas, por outro garante uma fidelidade nunca antes vista em uma adaptação dos quadrinhos para as telonas.
A reprodução visual do que está no papel para o celulóide também é fantástica. O filme é em preto e branco com algumas cores que pontuam elementos importantes para a narrativa. Em meio a monocromia, existem olhos azuis, carros vermelhos ou assassinos amarelos. Tudo a serviço de uma fotografia noir muito particular que retrata de forma única o que há de pior no ser humano.
A fidelidade para a história em quadrinhos é evidente
Imagem: http://jairoaugusto.zip.net/images/sincity2.jpg
Não há como mostrar esse lado negro da humanidade sem muito sangue, violência e cenas sensuais gratuitas. Esse tempero é a força que divide aqueles que gostam do filme daqueles que ficam horrorizados. Mas não há como sair imune a seus efeitos. Você pode odiar Sin City, mas jamais negar que visualmente o filme é extremamente arrojado.
Por outro lado, se você embarca na violência para extrair o máximo que pode dali não terá poucas chances para “se divertir”. Três narrativas se entrelaçam para desvendar o que ocorre na cidade. Em uma delas Hartigan (Bruce Willis), talvez o último policial honesto de Basin City tenta salvar uma garota de 11 anos das mãos de um pedófilo. Em outra, as prostitutas e mafiosos vivem uma guerra particular pelo controle de um pedaço da cidade. Em outro momento, Marv (Michey Rourke), um ex-presidiário, perde a amada após sua primeira e única noite de amor e fará de tudo para encontrar o responsável e ai de quando encontrá-lo.
Particularmente, meu personagem preferido é o incompreendido Marv, porém considero o assassino interpretado por Elija Wood como o mais sinistro e melhor personagem do longa. Mas a melhor história é a de Hartigan por ser mais densa e possuir reviravoltas fantásticas.
Não espere sorrisos, céu azul (mesmo porque o filme é em preto e branco) ou finais felizes. Sin City oferece o que o ser humano pode fazer de mais terrível. Porém, diante de tantos escândalos políticos e fatalidades acontecendo no país e no mundo, não há como não se indagar se os pecadores da ficção são capazes de competir com os da realidade.
Texto originalmente publicado no site Raciocínio Rápido.
Por outro lado, se você embarca na violência para extrair o máximo que pode dali não terá poucas chances para “se divertir”. Três narrativas se entrelaçam para desvendar o que ocorre na cidade. Em uma delas Hartigan (Bruce Willis), talvez o último policial honesto de Basin City tenta salvar uma garota de 11 anos das mãos de um pedófilo. Em outra, as prostitutas e mafiosos vivem uma guerra particular pelo controle de um pedaço da cidade. Em outro momento, Marv (Michey Rourke), um ex-presidiário, perde a amada após sua primeira e única noite de amor e fará de tudo para encontrar o responsável e ai de quando encontrá-lo.
Particularmente, meu personagem preferido é o incompreendido Marv, porém considero o assassino interpretado por Elija Wood como o mais sinistro e melhor personagem do longa. Mas a melhor história é a de Hartigan por ser mais densa e possuir reviravoltas fantásticas.
Não espere sorrisos, céu azul (mesmo porque o filme é em preto e branco) ou finais felizes. Sin City oferece o que o ser humano pode fazer de mais terrível. Porém, diante de tantos escândalos políticos e fatalidades acontecendo no país e no mundo, não há como não se indagar se os pecadores da ficção são capazes de competir com os da realidade.
Texto originalmente publicado no site Raciocínio Rápido.
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