segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Mulher-Maravilha



A maior super-heroína dos quadrinhos

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Se o Superman é o maior dos super-heróis, sem dúvida, a Mulher-Maravilha é a maior das super-heróinas. Pode perguntar para sua tia ou para seu pai: a primeira heroína que lhe virá a cabeça é a Princesa Amazona. Tratando-se de quadrinhos, você pode dizer que prefere a Tempestado dos X-Men ou a Mulher-Gato (embora esta seja uma vilã), mas Diana ainda é a melhor. Imortalizada pela ex-Miss EUA Lynda Carter no seriado para TV na década de 70 ou pelos vários desenhos animados em que participou a dona do Laço da Verdade está presente na consciência das pessoas. Mas, quem é ela?

Após os eventos de Crise nas Infinitas Terras (aquele conturbado período da editora DC Comics em que um mesmo personagem possuía três ou mais versões distintas), coube ao roteirista e desenhista George Pérez responder a esta pergunta.

E sua resposta foi clássica. Sim, pois o artista não apenas pintou os mais belos painéis com a personagem como também conferiu a ela uma origem tão bela quanto a mitologia de onde foi inspirada.

Os Deuses Gregos estavam preocupados: os seres humanos estavam perdendo a fé, a fonte de vida desses seres divinos, o que poderia colocar em risco sua existência. Por isso, Ártemis, a deusa da caça, propôs que fosse criada uma nova raça apenas composta por mulheres para servir de exemplo aos humanos.

Ela e as outras deusas gregas do Olimpo coletaram no mundo dos mortos as almas de todas as mulheres mortas na Terra pela fúria e selvageria dos homens através dos tempos. Nasceram assim as Amazonas e a Ilha de Themyscira.

Porém, ao contrário do que Ártemis e cia previram, os homens sentiram inveja e ódio das Amazonas e as difamaram pelo mundo. O famoso Hércules chegou a atacar o lar das guerreiras, destruir a ilha e prender as mulheres.

Após escapar dos maus tratos dos homens de Hércules, as Amazonas ganharam das deusas uma segunda chance na Ilha Paraíso, que não fica na Terra, mas em outra dimensão. E receberam dos deuses uma nova missão: escolher dentre elas uma campeã para enfrentar e frustrar os planos de Ares, o traiçoeiro deus da guerra, que estava por trás das desgraças pelas quais as Amazonas passaram e estava ficando cada vez mais forte com as Grandes Guerras que assolavam a humanidade.



O belíssimo traço de George Pérez em uma arte que lembra um desenho animado

Imagem: http://bp0.blogger.com/_5ZHrwjgUsrY/R7-NuLUrK9I/AAAAAAAAD8U/8aQ1u4lwMnQ/s400/wonder_woman_ares_perez.jpg

Um torneio foi organizado e a campeã foi a princesa Diana, a filha de Hipólita. Embora a rainha das Amazonas fosse contra, Diana foi a escolha perfeita. Ela era a mais pura das Amazonas. Ao contrário de suas irmãs, ela não era a reencarnação de uma mulher, mas de um feto. Acontece que Hipólita era a reencarnação de uma mulher que foi morta durante a gravidez por um brutal homem das cavernas. Diana era a filha que a mulher estava gerando quando morreu.

Além disso, Diana é a mais capacitada para a missão, pois foi abençoada pelos deuses gregos com suas habilidades, ou seja, ela é sábia como Atena, veloz como Hermes, uma caçadora como Ártemis, linda e amorosa como Afrodite e assim por diante.

A inocente princesa vai ao mundo dos homens e o impacto que sofre vendo aviões e outras invenções tecnológicas que não conhecia é sublime assim como outras belas histórias da mitologia grega. Algumas sutilezas como quando Diana descobre o que é uma arma de fogo só lendo para compreender.

Os combates entre a Mulher-Maravilha (nome dado a Diana pela imprensa) e os monstros enviados por Ares estão no topo dos melhores da arte seqüencial e o confronto com o próprio deus é daqueles que coloca o herói no limite de suas forças para, no fim, alcançar sua redenção.

Esse encadernado reúne os sete primeiros números da revista Wonder Woman que teve a contagem zerada após a publicação de Crise nas Infinitas Terras. Essa série de revistas reúne o arco de histórias intitulado Deuses e Mortais que, como mencionado acima, narra a origem das Amazonas, sua ligação com os deuses gregos, a origem de Diana e sua primeira aventura no mundo do Patriarcado (dos homens).

O tratamento da Panini é pra lá de caprichado: papel de ótima qualidade, textos introdutórios e galeria de capa. O porém é que tudo isso possui um preço. Nesse caso, um bem salgado: R$ 24,90. Alguns livros custam menos que isso. Embora seja cara, a publicação vale cada centavo investido.

Texto originalmente publicado no site Raciocínio Rápido.

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