quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Diálogos



Os diálogos são vitais em qualquer texto narrativo Imagem: https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWfkE1l95BI3fJMMWnVPOagReAevO0nilG_A_k-t729ak7l2csuoPbxoNxlLK89iTq_-izk1JebhnFXDNNQsMr3eoJfLhDw3CkkmxL1dG9knUK5nuGyVGfx-mJhhnfsqv9HWQAfNpabNCH/s400/dialogo.jpg


Após falar sobre Criatividade, A Organização das Idéias, O Repertório e a Linguagem Entrecortada, hoje é a vez dos diálogos.

Os diálogos são de suma importância para qualquer tipo de história narrativa. Afinal, nós somos o que nós também falamos. Talvez não tanto quanto o que fazemos ou comemos, mas o que dizemos tem um peso enorme sobre a impressão que passamos aos que estão ao nosso redor.

Ao criar um diálogo é necessário ter em mente as características do personagem que irá proferir determinada fala. Uma mesma frase pode ser dita por um personagem tímido e outro extrovertido. Mas a forma de falar e até mesmo a entonação será diferente. Como em um texto não há a voz falada, é necessário descrever elementos que remetam a isso. Um personagem tímido falará mais baixo (sussurrando, por exemplo) do que um personagem mais extrovertido.

Também é importante lembrar que as maneiras de falar serão distintas também. Um personagem mais erudito pode ter um vocabulário mais requintado. Um personagem desprovido de estudos poderá cometer erros de gramática e concordância.



Além de dar vida, é preciso dar voz aos nossos personagens

Imagem: http://cyberdiet.terra.com.br/cyberdiet/imagens/interacao/original/4/a-importancia-da-voz-4-107.jpg


Além de tudo isso, ainda existe o meio onde tudo ocorre. Um mesmo personagem não fala da mesma forma no ambiente de trabalho e na balada. Enquanto no primeiro, precisa ser mais "sério e profissional", no segundo caso, estará mais descontraído.

Um executivo dificilmente utilizará gírias, mas se o fizer certamente será em bem menos quantidade e frequência do que um adolescente da perifería.

É engraçado ficar utilizando estereótipos (figuras ou arquétipos que construímos do mundo real), mas funcionam para nos remeter a imagem de certas figuras comuns em nossa sociedade. A partir delas, podemos criar os personagens divertidos e diferenciados que chamem atenção em nossas histórias.

Pegue o exemplo de uma avó muito boazinha. À mente de muita gente virá a imagem de uma Vovó Benta qualquer. Aquela senhora de terceira idade que faz tudo por seus netos prepara os pratos mais deliciosos que poderíamos desejar, mas que dificilmente chamaríamos para ir a balada com a gente. A partir desta idéia pode surgir o diferencial, o inovador. Imagine a avó que sempre leva a netinha ao tatuador e também se tatua. Ou aquela outra senhora que prefere praticar esportes radicais do que ficar em casa fazendo diferentes receitas de tortas de bolo.

Enfim, escrever é sempre um exercício de imaginação. Quando damos vida a alguns personagens, nós temos que lhe dar vozes também. Então, que seja da forma mais adequada.

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