quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Personalidade



Criar a personalidade de um personagem é sempre um desafio

Imagem: http://psicologoemportovelho.com.br/wp-content/uploads/2010/09/personalidade.jpg

Após falar sobre Criatividade, A Organização das Idéias, O Repertório e a Linguagem Entrecortada e os Diálogos, chegamos a criação de Personalidade.

Quando narramos uma história, ela é recheada de personagens com diversas características. As físicas são importantes, mas não tanto quanto as psicológicas. Afinal, serão as segundas que irão determinar como cada personagem irá agir em situações diversas.

Muitos autores recomendam que criemos uma ficha de cada personagem. Eu também recomendo. Isso é imprescindível.

Para criar uma personalidade você pode se basear em pessoas que conhece e também se colocando no lugar delas. Por ter uma formação em Jornalismo utilizo muito esta segunda técnica. Eu me coloco no lugar de determinado alguém para imaginar como ele ou ela reagiria diante de uma situação hipotética.

Por exemplo, se eu fosse uma garota tímida e pobre que vive em uma cidade do interior sem perspectivas profissionais e um dia descobrisse que é dona de uma gigantesca fortuna. Como eu reagiria a isso? Eu guardaria o dinheiro? O gastaria sem pensar? Essa fortuna me afastaria de meus amigos? Claro sempre tendo em mente o tipo de criação que teve. O porquê de ela possuir as características que tem. O que a levou a ser tímida, por exemplo?

Trata-se de um grande exercício de imaginação, mas com fundamentos. Não dá para crer que um personagem de 10 anos fará deduções brilhantes dignas de um Sherlock Holmes por mais inteligente que seja. Especialmente, se as deduções dependessem de conhecimentos que não são comuns a uma criança de 10 anos. Por exemplo, algo que envolva drogas ou sexo.



Treine seu poder de observação para criar personalidades mais próximas do real

Imagem: http://psiadolescentes.files.wordpress.com/2007/08/faces-2-port.jpg

Tudo tem que estar dentro de um contexto que justifique aquelas ações. Justifique reações diversas por parte de um mesmo personagem.

Sempre falo e acredito que exercitar a habilidade da observação é fundamental para qualquer escritor. Fique mais atento ao seu redor. Repare em seus amigos, como eles caminham e se vestem. Como e o que dizem. Como agem quando estão em grupo ou sozinhos. Observe as pessoas estranhas a você na rua.

E, claro, assista a muitos filmes e leia bastante. Com o tempo, você mesmo irá se tornar um crítico mediano e começará a notar quando determinada atuação de um ator ou ação descrita por um autor em um livro não condiz com a personalidade de um personagem. Será frustrante descobrir que isso ocorre bem mais do que gostaríamos. Mas não iremos cometer o mesmo erro, não é verdade?

Nenhum comentário: